segunda-feira, 28 de novembro de 2011

50% da carne consumida em PE tem origem clandestina, diz Adagro

Dos 156 matadouros públicos, 140 deveriam ser fechados, afirma agência.
Boxes de mercados públicos funcionam irregularmente como abatedouros
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Um estudo da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) aponta que metade da carne consumida em Pernambuco tem origem clandestina. O Estado tem 156 matadouros públicos mantidos pelas prefeituras. O problema é que a maioria deles funciona precariamente em espaços improvisados e sem obedecer às normas da Vigilância Sanitária, como mostra reportagem do NETV 1ª Edição.

Só este ano, 17 matadouros foram fechados no estado, mas a Adagro, responsável pela fiscalização, diz que quase todos deveriam ser fechados. "Com certeza, dos 156, no mínimo 140 deveriam estar fechados", aponta Erivânia Camelo, gerente-geral da Adagro. "Com certeza, mais de 50% da carne consumida pelos pernambucanos é clandestina", completa.

No matadouro de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, dezenas de pessoas trabalham na informalidade. No local, os bois são abatidos no meio de muita sujeira e sem a inspeção de um veterinário, que deveria atestar se o animal está doente ou não. É um funcionário da prefeitura que coloca o carimbo de inspecionado. "Eu não acho que esteja nas condições adequadas, porque devia ter mais higiene", disse o servidor Everaldo Domingos.

No comércio da carne, outro absurdo: matadouros clandestinos de aves funcionam dentro de mercados públicos. Dezenas de boxes se transformaram em galinheiros. As aves são depenadas no meio do aperto e do improviso. Só em um mercado, na Região Metropolitana do Recife, dez mil aves são abatidas por dia. "A gente trabalha faz mais de 20 anos", afirma o abatedor de aves Givanildo da Silva.

"É preciso todo mundo entender que é um problema de saúde pública. Os casos estão acontecendo e as medidas não estão sendo tomadas na tentativa de reverter esta situação que tem gravidade. A população só deve consumir tentando identificar carnes produzidas, manipuladas e congeladas em locais onde há fiscalização, onde há evidências de que estas carnes são controladas de forma adequada", explica o médico Carlos Brito, Gastrologista e professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Dicas

Muitos consumidores têm dúvidas na hora de comprar carne em mercados públicos. De acordo com o gerente de Vigilância Sanitária do Recife, Luiz Paulo Brandão, alguns sinais podem indicar se o alimento é ou não de origem clandestina. "Se for muito barata, desconfie. Quando a carne é vendida por um preço muito abaixo da tabela é porque ela é clandestina", afirma.

Outra sugestão é perguntar ao comerciante se a carne é de boa qualidade. "Nessa hora, o consumidor tem todo o direito de pedir a nota fiscal ao vendedor, que comprove onde a carne foi comprada", diz. "Também é bom prestar atenção no ambiente onde ela está armazenada, se o balcão é refrigerado e se o local é limpo", acrescenta.

Segundo ele, até o final de dezembro deste ano, a Prefeitura, em parceria com outros órgãos de fiscalização, deve organizar os boxes de vendas de carne nos mercados públicos do Recife.


fonte:http://g1.globo.com/pernambuco

Comissão de Agricultura debate funcionamento de matadouros clandestinos

A Assembleia Legislativa deverá instalar, no início de 2012, uma Comissão Especial para discutir a situação dos matadouros públicos de Pernambuco. A sugestão foi apresentada pelo deputado Antônio Moraes (PSDB) durante audiência pública realizada nesta segunda, pela Comissão de Agricultura da Casa.

De acordo com a gerente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Erivânia Camelo, quase 90% dos 156 matadouros públicos do Estado praticam o abate de animais de forma clandestina. Na maioria dos municípios, os animais são mortos em ambientes sujos e sem a utilização de técnicas adequadas. O transporte da carne também é realizado de forma irregular, ao ar livre e sem refrigeração.

A representante da Adagro explicou que o Governo do Estado investiu R$ 20 milhões na construção de sete matadouros públicos regionais. No entanto, apenas três estão em funcionamento nas cidades de Barreiros, Palmares e Paudalho. Erivânia defende a privatização do processo de abate.

Representando o Ministério Público, a promotora Liliane Fonseca defendeu a interdição imediata de todos os matadouros irregulares. Já o deputado Antônio Moraes alertou para a relutância das prefeituras em interditar os matadouros. Segundo o parlamentar, os gestores municipais se preocupam com a falta de alternativa de trabalho para os que hoje sobrevivem do abate de animais.

Moraes também levou o assunto para a Reunião Plenária e disse que a questão é um problema de saúde pública. O presidente da Comissão de Agricultura, Claudiano Martins Filho, do PSDB, defendeu o aumento da fiscalização dos abatedouros e disse que a polícia deve ser acionada quando necessário.

fonte: Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

domingo, 20 de novembro de 2011

Carnes resfriadas nos mercados- Dentro de 90 dias, os comerciantes terão de guardar o produto em balcão refrigerado

Os mercados públicos do Recife terão 90 dias para se adequar à lei municipal nº 17.676, que proíbe que as carnes sejam vendidas fora de balcões refrigerados. A informação foi dada ontem pela diretora da Vigilância Sanitária municipal, Adeílza Ferraz, durante audiência pública na Câmara do Recife. A iniciativa foi do vereador André Ferreira (PMDB) a partir da série “A carne que comemos” do Diario de Pernambuco, que do dia 2 a 5 de outubro mostrou que o alimento consumido no interior já é contaminado desde o abate, que é o primeiro processo.
Para Ferreira, a notificação da Vigilância Sanitária aos mercados públicos gera preocupação com o cumprimento, apesar de ser uma medida que beneficia os consumidores. “A realidade é que os comerciantes não têm estrutura financeira para realizar sozinhos essa adequação. Se a prefeitura não contribuir para a compra desses balcões refrigerados não vai haver mudança”, opinou o vereador.
O comerciante do Mercado da Encruzilhada Ivanildo Fernandes dos Santos compartilha da mesma opinião. “Vendo carne há 38 anos e reconheço que as condições no mercado não são as melhores. Mas não temos condições de comprar esse balcão. Ele não custa menos que R$ 4 mil”, afirmou. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional (Caop-Consumidor) do MPPE, Liliane Fonseca, instaurou um processo de investigação preliminar sobre o assunto, mas acredita que para resolver o problema é preciso “vontade política”.
Durante a audiência o vereador questionou aos representantes do MPPE, Vigilância Sanitária estadual e municipal e a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes) sobre a garantia de qualidade da carne que o recifense consome. A refrigeração foi tida como ponto principal para o combate à contaminação. Aliado a isso, a fiscalização efetiva da Vigilância Sanitária sob olhar atento do Ministério Público e da própria população.  O público presente, que lotou o plenarinho da Câmara, foi alertado pela Vigilância Sanitária e MPPE sobre o “mito da carne vermelha”. “Muitos acham que a carne boa é aquela sangrando, normalmente exposta em mercados públicos, mas não é. A “carne quente”, como muitos chamam, é um celeiro de micróbios, por isso precisa ser refrigerada”, explicou a representante da Apevisa, Maria do Rosário.
A promotora Liliane Fonseca pediu que a Câmara intervenha para que se revogue a portaria estadual que permite o transporte da carne entre municípios de até 150 quilômetros. De acordo com ela, a portaria do estado contraria a Lei Federal que só permite que o transporte seja feito com uma temperatura máxima de 7°C. “Vou procurar o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, para vermos isso”, prometeu Ferreira.

Fonte:
Diario de Pernambuco - PE

domingo, 30 de outubro de 2011

Bebida com proteína do soro do leite promove síntese do músculo esquelético

O consumo de proteína na dieta pode estimular a síntese de proteínas do músculo esquelético de acordo com um artigo na American Journal of Clinical Nutrition.
Curiosamente, os idosos apresentam uma resposta atenuada a síntese ligada ao consumo de proteínas, o que pode ser associado com a perda de músculo esquelético amplamente relacionada com a idade, chamada “sarcopenia.” Sabe-se que a resposta da síntese de proteínas musculares devido ao consumo de proteínas através da dieta depende da quantidade consumida, bem como o tipo de proteína. Proteína de soro de leite e caseína são frequentemente utilizadas como fontes de proteínas em diversos alimentos fortificados.
Em um estudo recentemente publicado por pesquisadores Holandeses, 48 homens na melhor idade e saudáveis consumiram uma bebida-teste contendo 20 gramas de uma das três diferentes fontes de proteínas: soro do leite, caseína ou caseína hidrolisada. Os pesquisadores obtiveram amostras de plasma e músculos dos participantes durante o período do estudo que compreendeu 8 horas. Os pesquisadores foram capazes de medir a absorção e metabolismo das diferentes fontes de proteínas, bem como calcular a síntese de proteínas musculares em um período de 6 horas porque havia incorporado anteriormente no leite uma forma especial detectável do aminoácido fenilalanina, a partir do qual o soro e caseína são obtidos.
Os resultados da pesquisa em homens na melhor idade indicaram que houve uma maior taxa de absorção inicial de aminoácidos do soro do leite e da caseína hidrolisada em comparação com a caseína. No entanto, a ingestão de proteína de soro de leite levou a maior taxa de síntese de proteínas musculares.
Os pesquisadores acreditam que isso pode ser relacionado com a maior disponibilidade de aminoácidos provenientes da proteína de soro de leite, em especial do aminoácido leucina, quando comparado com a caseína. Isso se deve provavelmente à rápida absorção de aminoácidos da proteína de soro do leite e maior conteúdo de leucina em relação à caseína. O foco na disponibilidade da leucina é consistente com observações de que o aminoácido leucina é um importante regulador pós-prandial da síntese de proteínas musculares.
Este estudo é interessante porque pode levar ao desenvolvimento de novos produtos, a base de proteínas, fortificados com soro de leite ou leucina para promover a síntese de músculo esquelético.
Fonte: Pennings B et al. American Journal of Clinical Nutrition 2011; 93:997-1005.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Poderemos ter carne de laboratório em 6 meses


No começo, caçávamos para nos alimentar. Depois, passamos a criar animais. Agora, novas pesquisas podem permitir fazer carne de laboratório. O músculo cresceria de células animais multiplicadas. A ideia da carne sintética não é nova, até agora, ninguém conseguiu produzir o alimento de forma convincente. No entanto, as coisas podem mudar. Essa semana, pesquisadores irão se encontrar na Suécia para discutir o assunto.

De acordo com Mark Post, da Universidade de Maastricht (Holanda), pioneiro da tecnologia, estamos a 6 meses de conseguir fazer a carne de laboratório. O cientista, que trabalha com células de porco, já conseguiu fazer crescer o músculo in vitro. Alimentando essas células com soro fetal de cavalo ele conseguiu fazer crescer tiras de músculo de 2,5 centímetros de comprimento e 0,7 cm de largura.
Para fazer com que a carne de laboratório tenha a mesma textura da natural, Post faz com que elas pratiquem exercícios. Ele coloca as tiras de músculo em velcro e as estica, mesmo assim a carne artificial continua pálida porque não tem sangue e há pouca quantidade da proteína responsável pelo ferro. Mas o pesquisador estuda maneiras de acrescentar essa proteína e começar a trabalhar com células de boi.

Com pesquisas como essas não há limites para o tipo de carne que poderíamos criar em laboratório. Atualmente comemos carne de animais que foram domesticados mais facilmente, e esse é o limite entre o que é animal selvagem - portanto, não seria ético consumir - e o criado em larga escala para o abate. Sem a morte animal, até os vegetarianos mais ativistas poderiam comer um hambúrguer de panda sem culpa.

No entanto, para se começar a cultura de células em laboratório, é necessário recolher células de animais vivos. Se os cientistas conseguirem descobrir os tipos de células animais que mais se multiplicam, podem deixar a produção em laboratório mais eficiente e ficar cada vez menos dependentes dos seres vivos.

Outro porém é que, mesmo se Post conseguir criar sua carne de laboratório entre 6 meses e um ano, ainda não se sabe o quão segura ela seria. No caso das células alimentadas por soro de cavalo, o produto final poderia estar contaminado com proteínas chamadas príons, perigosas à saúde. E, o problema ético continua, alimentar carne sintética com produtos animais não excluí a matança da produção.

Um outro grupo da Universidade de Amsterdã desenvolve carne alimentada por cianobactérias, as algas azuis. Delas é extraído um alimento rico em aminoácidos, açúcares e gordura, importantes à célula animal.

Apesar da carne de laboratório correr o risco de ser mal vista por boa parte da sociedade. O PETA (organização pelos direitos dos animais) ofereceu US$ 1 milhão para o primeiro que conseguir produzir carne sintética comercialmente.
fonte: http://revistagalileu.globo.com

O consumo tiamina e riboflavina associado com menor incidência de TPM

Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (TPM) é relativamente frequente em muitas mulheres. A Síndrome caracteriza-se por sintomas físicos e psicológicos que se inicia durante a fase lútea tardia do ciclo menstrual e termina logo após o início do período menstrual. A patogênese da TPM é complexa e não bem compreendida. Além disso, pouco se sabe sobre a associação de consumo alimentar e TPM.
Um recente estudo caso-controle associado ao Nurses’ Health Study II investigou fatores de risco na dieta associados ao desenvolvimento da TPM. Em um período de 10 anos de estudo epidemiológico longitudinal com mulheres livres de TPM, 1057 mulheres desenvolverem a TPM e, estes casos foram pareados com 1968 mulheres que permaneceram livres de TPM durante o período de estudo.
Os pesquisadores da Universidade de Harvard e a Universidade de Massachusetts estudaram a associação de TPM com o consumo de vitaminas através da alimentação a partir um questionário semiquantitativo de frequência aplicado em indivíduos durante quatro anos de acompanhamento. Além disso, uma série de outras variáveis não-nutricionais foram potencialmente associadas a TPM a partir da análise dos questionários.
Segundo o artigo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, pesquisadores de Massachusetts constatarem que há uma relação inversa entre ingestão de tiamina e riboflavina de alimentos e a incidência de TPM. As mulheres que tiveram um consumo mais elevado de tiamina tiveram 25 % menos risco de desenvolver TPM em relação às mulheres com o menor consumo de tiamina. Da mesma forma, as mulheres com consumo mais elevado de riboflavina tiveram 35 % menos risco de desenvolver TPM em relação às mulheres com baixo consumo de riboflavina. Por outro lado, a ingestão de niacina, vitamina B6, folato e vitamina B12 não foram associados à incidente de TPM.
Este é o primeiro estudo que analisou a relação entre o consumo de vitaminas do complexo B e a incidente de TPM. Curiosamente, o consumo de tiamina e riboflavina indicado para ser a redução do risco de incidente de TPM foi cerca de 2 vezes mais elevado do que a ingestão diária recomendada (IDR) americana para estas duas vitaminas do complexo B. Embora mais estudos sejam necessários, estes dados sugerem que as mulheres podem considerar como estratégia uma alimentação com alto consumo de tiamina e riboflavina para ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da TPM

Fonte:
Chocano-Bedoya PO et al. American Journal of Clinical Nutrition 2011; 93:1080-1086.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A ciência dos antioxidantes: propriedades exclusivas e terapêuticas dos tocotrienóis

O alfa-tocoferol é considerado o antioxidante mais eficaz contra a oxidação lipídica. Em sistemas biológicos, esta ação é corroborado pelo fato de que é o isômero da vitamina E mais abundante nos tecidos e fluidos corporais.
Outros isômeros da vitamina E estão recebendo cada vez mais atenção por suas atividades antioxidantes em sistemas específicos; por exemplo, o gama-tocoferol tem capacidade antioxidante maior que a do alfa-tocoferol em interações com espécies reativas de óxido de nitrogênio. Analogamente, tem sido relatado que o alfa-tocotrienol tem capacidade antioxidante mais intensa que o alfa-tocoferol contra a oxidação lipídica nos microssomas hepáticos, enquanto que o gama-tocotrienol é um antioxidante mais potente nas mitocôndrias cerebrais.
Tocoferóis e tocotrienóis existem nas formas alfa, beta, gama e delta. Ambos os grupos contêm a mesma estrutura anelada e cadeia lateral semelhante conhecida como fitil. Embora estruturalmente semelhantes, a cadeia lateral fitil é mais longa no tocoferol, enquanto que nos tocotrienóis é menor e com três ligações duplas. Essas ligações duplas na cadeia lateral permitem que os tocotrienóis tenham maior mobilidade nas membranas celulares, o que lhes confere propriedades biológicas e terapêuticas únicas além dos benefícios correspondentes ao tocoferóis.
Essa maior atividade antioxidante dos tocotrienóis tem sido atribuída a diversos mecanismos, incluindo interação eficaz com espécies de radicais livres, maior eficiência na reciclagem do radical cromanoxil e distribuição uniforme nas camadas duplas das membranas. Apesar dessas observações e suas implicações clínicas, os tocotrienóis continuam a receber o mesmo status de potencial antioxidante que a vitamina E, sendo significativamente menor que o dos tocoferóis. Existe evidência experimental de que os tocotrienóis podem ser mais eficazes na proteção contra a oxidação do LDL que os tocoferóis. Se o experimento for conduzido com tocotrienóis, o intervalo de tempo de proteção contra oxidação é aumentado, indicando que os tocotrienóis podem ser mais efetivos ao proteger o LDL in vitro que o tocoferol.
Todas as formas do tocoferol como dos tocotrienóis, têm potencial nutracêutico e constituem, portanto, importante foco para pesquisa. O tocoferol e os tocotrienóis possuem propriedades antioxidantes notáveis e podem até mostrar outros efeitos benéficos, sendo investigações sobre o equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes um campo de pesquisa bastante promissor.
A manutenção de tal equilíbrio é interessante para um envelhecimento mais saudável e a uma qualidade de vida melhor. Boas fontes de alfa-tocoferol (vitamina E) incluem óleos vegetais e de palma, óleo de germe de trigo, sementes, nozes e soja. Outras fontes adequadas são vegetais verdes folhosos, couve-de-bruxelas, produtos à base de trigo integral, pães e cereais de grãos integrais, abacate, espinafre e aspargos.

fonte: Fortitech

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Polícia apreende alimentos estragados em hotéis de luxo no Rio; quatro nutricionistas são presas

As nutricionistas responsáveis pelas cozinhas dos hotéis Sofitel, Pestana, Othon e Marriott, situados na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foram presas nesta segunda-feira (10) por crime contra as relações de consumo.
Os agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) apreenderam nos hotéis cerca de 200 quilos de alimentos estragados ou com prazo de validade vencido, em especial carnes e massas --todo o material foi encaminhado para perícia da Vigilância Sanitária. Os quatros hotéis serão multados pelo mesmo crime.
A operação “Turismo Legal” foi articulada em função de denúncias de vários hóspedes que passaram mal após a ingestão da comida oferecida nesses hotéis de luxo.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, constitui crime contra as relações de consumo "vender, ter em depósito para vender, expor à venda ou entregar matéria prima ou mercadoria em condições impróprias para o consumo", cuja pena prevista é de dois a cinco anos de prisão e/ou multa.
O hotel Marriott, um dos quatro estabelecimentos flagrados pela Decon, é o mesmo que hospedou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante visita ao Rio de Janeiro, em março desse ano.
Também participaram da ação policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) e da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat).

Outro lado

Os quatro hotéis negaram as acusações de crime contra as relações de consumo. Segundo o Marriott, não havia alimentos fora da validade ou estragados durante a vistoria dos policiais da Decon, e sim produtos recém-utilizados, que ainda não tinham recebido as etiquetas de manipulação.

Já o hotel Othon explicou que uma padaria do estabelecimento foi fechada em razão de uma reforma emergencial no local (ocasionada por um vazamento não especificado). Segundo a nota enviada pelo estabelecimento, também não foram encontrados alimentos impróprios para o consumo.

O hotel Sofitel, por sua vez, disse que está investigando as circunstâncias relacionados à diligência da Decon antes que medidas sejam tomadas. Em nota, o estabelecimento afirma que a cozinha do hotel está aberta para qualquer um que queira visitá-la.

O hotel Pestana também argumentou que foram adotados todos os procedimentos recomendados pela Vigilância Sanitária, e que está à disposição das autoridades para novos esclarecimentos

http://noticias.uol.com.br/cotidiano

Astaxantina: Pigmento que dá a cor rosa-avermelhada aos flamingos pode ser um antioxidante potente como suplemento alimentar

Embora o carotenóide mais conhecido seja o betacaroteno, precursor da vitamina A, outro carotenóide tem recebido recentemente bastante atenção: a astaxantina. Quimicamente classificada como xantofila, que é uma família de carotenóides não precursores da vitamina A, é um nutriente lipossolúvel com estrutura molecular exclusiva que lhe confere excelente capacidade antioxidante. Organismos inferiores sintetizam a astaxantina com número importante de intermediários químicos os quais incluem fitoeno, licopeno, betacaroteno e cantaxantina. Tanto a astaxantina como a cantaxantina são exemplos de substâncias químicas chamadas de cetocarotenóides conjugados e, ambas ainda são classificadas como xantofilas. Enquanto o betacaroteno é um precursor da vitamina A, a astaxantina não pode ser convertida em vitamina A e, portanto, não pode atuar em processos específicos do retinol, como a visão.
A astaxantina é responsável pela cor rosa intensa observada em diversas espécies aquáticas, incluindo os salmonídeos (por exemplo, salmão), e em crustáceos (p.e., caranguejo, lagosta, camarão) e, mesmo em algumas espécies não-aquáticas como o flamingo (cuja alimentação inclui alguns organismos que produzem astaxantina). Os carotenóides encontrados nos fitoplânctons, algas e plantas (incluindo alho, limão, espinafre, pimentas, milho e muitos outros) normalmente participam dos processos de fotossíntese desses organismos ao agir como moléculas secundárias na absorção de luz. Salmonídeos e flamingos não produzem efetivamente astaxantina, mas obtêm-na dos outros animais que consomem. A fonte mais rica dessa substância é, de longe, a alga Haemococcus pluvialis, usada comercialmente como aditivo alimentar para dar cor a salmões e trutas arco-íris, ente outros, cultivados em viveiros. Peixes livres recebem a cor da astaxantina encontrada no krill e em outros crustáceos de que se alimentam. A astaxantina contida em lagostas vivas é complexada com proteínas chamadas carotenoproteínas que efetivamente passam uma cor marrom azulada a esses animais. Porém, quando as carotenoproteínas são desnaturadas em temperaturas elevadas associadas ao cozimento, a astaxantina é liberada, resultando na coloração vermelho-brilhante que associamos a um jantar com lagosta. Ao fornecer a coloração a tais animais marinhos, por conseguinte melhoram seu valor econômico (p.e., poucas pessoas considerariam apetitosa uma lagosta ou filé de salmão sem brilho). Alguns estudos recentes constataram efetivamente que a astaxantina também desempenha papel antioxidante e nutritivo na saúde marinha.
Toxicidade & Precauções
Até o momento, não foi relatado nenhum tipo de toxicidade associada à suplementação com astaxantina em estudos em animais ou seres humanos.
Funções no Corpo Humano: Antioxidante
Uma literatura significativa corrobora o uso da astaxantina como suplemento alimentar, incluindo estudos in vitro, estudos pré-clínicos e diversos estudos clínicos em seres humanos. Os dados sugerem consistentemente que a astaxantina pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva no combate a diversos distúrbios e doenças, entre eles doenças cardiovasculares, de imunidade, inflamação e problemas de degeneração neurológica.
Tem sido reportado em estudos laboratoriais que a astaxantina é, geralmente, pelo menos 10 x mais potente como antioxidante que os outros carotenóides padrão como a cantaxantina, betacaroteno, luteína, licopeno, tunaxantina e zeaxantina.
Quando comparados com a vitamina E em estudos laboratoriais, o potencial antioxidante da astaxantina foi, aproximadamente, de 80 a 550 vezes maior.

Por Que Devemos Associar Prebióticos a Probióticos na Alimentação

O sistema digestivo humano possui em média trilhões de bactérias que habitam o trato intestinal e desempenham papel importante na saúde em nosso dia a dia. Cepas de bactérias benéficas, também conhecidas como probióticos (como Lactobacilos e Bifidobactérias), auxiliam o organismo a absorver nutrientes adicionais a partir dos alimentos e a proteger-se contra doenças por meio do fortalecimento do sistema imunológico. Os probióticos ajudam a alterar o equilíbrio das bactérias no cólon para efeitos mais benéficos. Apesar dos benefícios, existem desafios que os fabricantes precisam levar em consideração quanto à estabilidade da formulação em termos de calor, umidade e contaminação a partir de outros ingredientes. E essas considerações se estendem desde o desenvolvimento da formulação do produto até sua disponibilização na prateleira dos supermercados.
Dito isso, a inclusão dos prebióticos é importante para o impacto biológico e o sucesso da adição de probióticos nos alimentos. Os prebióticos são componentes alimentares não absorvíveis pelo intestino que podem alcançar o trato gastrintestinal inferior, funcionando como substratos para o crescimento das bactérias benéficas. Os prebióticos comuns usados para aumentar os efeitos dos probióticos incluem inulina, frutoligofrutossacarídeos e lactulose. Estudos com adultos saudáveis têm demonstrado que os prebióticos podem aumentar a absorção de cálcio e de magnésio. Estudos com bebês mostram que os prebióticos podem afetar positivamente o desenvolvimento imunológico pós-natal e aumentar as imunoglobulinas secretoras fecais. Estudos indicam que os prebióticos podem influenciar o apetite e o metabolismo dos lipídios ao modular a secreção dos peptídeos gastrintestinais. O amido resistente, que é o amido não digerido no intestino delgado, também possui propriedades prebióticas que podem auxiliar a promoção de microorganismos para produção de ácidos graxos de cadeia curta benéficos no cólon.
A combinação de probióticos com prebióticos é chamada de simbiose e, muitos pesquisadores acreditam que é o método ideal para promover a saúde intestinal a partir de cepas de bactérias como Lactobacilos e Bifidobactérias. Os prebióticos fornecem o alimento que os probióticos necessitam para sobreviver no sistema digestivo. Combinar os dois traz diversos benefícios, incluindo a formação de bactérias benéficas nos intestinos que podem ultrapassar em número os organismos patogênicos, evitando doenças como osteoporose (uma vez que probióticos auxiliam o trato digestivo a absorver mais cálcio e magnésio). Em alguns indivíduos, a associação pode ajudar a diminuir os níveis de triglicérides e colesterol, e também ser útil no combate às alergias alimentares por reforçar a função de barreira da parede intestinal, prevenindo potencialmente a absorção de alguns patógenos.
Fonte: Fortitech

Leite Longa Vida -UHT tecnologia

Leite Longa Vida é o leite tratado por um processo denominado Ultrapasteurização, UAT (Ultra Alta Temperatura) ou UHT (do inglês Ultra High Temperature).

O leite utilizado para a fabricação do Leite Longa Vida tem a mesma origem que o leite utilizado na fabricação do leite pasteurizado, em pó, iogurtes e outros. Entretanto, passa por rigorosas análises que assegurem sua qualidade.

O processo de ultrapasteurização é o aquecimento do leite à temperatura de aproximadamente 150ºC por um tempo muito curto, de cerca de quatro segundos, seguido por um rápido resfriamento. Tanto os agentes causadores de doenças, que possam estar presentes no leite, quanto os agentes não nocivos à saúde são eliminados. Esta é a principal diferença entre o leite longa vida e o leite pasteurizado. Esta é razão pela qual o leite longa vida, sem conter nenhum conservante, pode ser armazenado fora da geladeira, até que seja aberto.

Por não conter nenhum microorganismo e estando adequadamente protegido pela embalagem, o leite longa vida é totalmente seguro e saudável para o consumidor.

A embalagem de leite longa vida
Após a ultrapasteurização o leite longa vida é embalado em caixinha. Para garantir que o leite não seja contaminado pelos microorganismos presentes no meio ambiente, ele é empacotado em uma embalagem especial, que o mantém seguro.

A caixinha Tetra Brik do Leite Longa Vida possui seis camadas protetoras de diferentes materiais. Começando de dentro para fora temos: duas camadas de plástico, que protegem o leite e evitam o seu contato com as demais camadas da embalagem. Em seguida, vem uma camada de alumínio, que evita a passagem de oxigênio, luz e a contaminação proveniente do meio externo. A quarta camada também é de plástico, seguida pela quinta camada, constituída pelo papel, que dá resistência à embalagem e permite a impressão de todas as informações sobre o produto. Finalmente, a última camada é constituída pelo plástico, que protege as demais camadas, e completa a barreira que protege o leite do meio ambiente.

O consumidor deve evitar as embalagens amassadas. O rompimento das camadas protetoras que constituem a embalagem pode permitir a contaminação do leite. Compre somente o leite cuja embalagem estiver em perfeitas condições.

O leite longa vida e a geladeira
O leite longa vida não precisa ser armazenado na geladeira antes de aberto. O tratamento pelo qual o leite passou na indústria elimina todos os microorganismos que poderiam estragar o leite. Além disso, a embalagem longa vida constitui uma perfeita barreira contra a entrada de agentes que prejudiquem a qualidade do leite, tanto os microorganismos, quanto a luz, o ar etc…

Depois de aberto, o leite da caixinha entra em contato com o meio ambiente, e pode sofrer contaminação e estragar rapidamente. Portanto, o leite longa vida depois de aberto deve ser armazenado na geladeira. A baixa temperatura da geladeira conserva o leite por mais tempo depois de aberto, pois reduz a atividade dos microrganismos.

Leite longa vida e a fervura
O leite longa vida não precisa ser fervido antes de ser consumido, pois o aquecimento em alta temperatura por curto tempo, pelo qual passou na indústria antes de chegar ao consumidor, já garante total segurança do produto.


Fonte: Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal / Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia USP

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PepsiCo iniciará campanha para recolher lotes de Toddynho

Campanha de recall envolve cerca de 80 unidades do produto no RS.
Há cerca de 30 notificações de pessoas que tiveram problemas de saúde


A empresa PepsiCo do Brasil protocolou campanha de recall para recolhimento do produto "Toddynho Original 200ml", dos lotes L4 32 05:30 a L4 32 06:30, com validade até 19/02/2012, informou nesta quinta-feira (6) o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.
Em nota, o Ministério destaca que a empresa trocará a bebida achocolatada por similar ou restituirá valores pagos. No Rio Grande do Sul, há cerca de 30 notificações de pessoas que tiveram problemas como irritações e lesões da mucosa bucal depois de beberem o achocolatado.
O DPDC havia enviado notificação à empresa na semana passada, solicitando que fossem apresentados esclarecimentos sobre o produto. Há informações de que a bebida causaria risco de queimadura na boca dos consumidores. A nota informa que a campanha de recall envolve cerca de 80 unidades do produto, postas no mercado de consumo do Rio Grande do Sul.
Na nota, o DPDC destaca que a empresa informou ter identificado "um possível acidente em seu processo produtivo, o que, segundo seus registros, de fato, afetou parte de um lote correspondente a aproximadamente 80 (oitenta) unidades, nas quais embalagens do produto Toddynho Original de 200ml foram produzidas com líquido impróprio para o consumo, ao invés de seu conteúdo normal, não tendo havido contaminação do produto remanescente".



FONTE:
http://g1.globo.com

A carne que comemos (parte V)



 Curso d‘água recebe esgotos não tratados gerando risco decontaminação, em Bonito.. Imagem: TERESA MAIA / D. A PRESS


A lógica da insalubridade

Apesar de o conceito de sustentabilidade ambiental estar no centro das discussões no mundo dos negócios, nos matadouros de Pernambuco essa ideia está completamente distante da realidade. Com um orçamento apertado ou sem estrutura física que comporte uma área de tratamento dos efluentes (resíduos líquidos e sólidos), como por exemplo, uma lagoa de estabilização, muitas prefeituras do interior pernambucano seguem lançando os dejetos do abate bovino no meio ambiente. Tal prática provoca, entre outros danos, desgaste ecológico, comprometimento dos recursos hídricos e disseminação de doenças.

Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), André Silvani, os prejuízos ambientais decorrentes da atividade irregular dos abatedouros são "um problema generalizado" e, por isso, difícil de enfrentar. "Sabemos que há questões políticas por trás disso porque, mesmo sem condições de manter uma unidade de abate, os prefeitos não abrem mão de ter uma na sua cidade. São avessos a mudança e, por interesses pequenos, passam por cima da saúde pública e do meio ambiente", afirmou Silvani.

Segundo ele, o procedimento correto sempre exigirá investimentos, mas é preciso estabelecer parcerias com o governo e com a iniciativa privada para viabilizar o tratamento dos resíduos, beneficiando o meio ambiente e a população. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, das sete cidades visitadas pelo Diario, apenas nos abatedouros de Paulista (que é arrendado) e de Paudalho (de responsabilidade estadual) os resíduos são tratados. Nos demais são jogados a céu aberto.

O perigo se torna ainda maior quando cursos d′água recebem cargas desse esgoto não tratado. A população consumidora dessas águas ficam vulneráveis a doenças como amebíase, hepatite infecciosa, diarreia e desinteria, esquistossomose, cólera e febre tifoide. O capítulo 18 da Agenda 21, plano mundial de metas ambientais, estima que um terço das mortes em países em desenvolvimento é causada pelo consumo de água contaminada.

Diferente do que se vê nos municípios do interior do estado, em Paulista, a estação de tratamento possui caldeira, graxaria, digestores, esterqueiras, caixa de gordura, tanque de decantação e retenção final e lagoa de estabilização. "Todo sistema é monitorado pela CPRH (Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), graças a um acordo feito com o Ministério Público de Pernambuco", explicou Maria do Socorro Lisboa, proprietária do abatedouro de Paulista.
Vivenciando uma realidade distinta de outros administradores, Maria do Socorro afirma que seu abatedouro tem dado lucro, mas reclama que sem ajuda dos governos municipal e estadual o custo para a manutenção é alto. Ela também afirma que é possível ganhar dinheiro com o que antes era desperdiçado. "O sebo que é retido nos digestores é vendido, a parte sólida também vira ração animal. Os chifres e os cascos vão para Natal (RN), onde são usados em laboratórios e como artesanato. Nada se perde e isso se torna vantagem para nós".

Continua...
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A carne que comemos (parte IV)

Um problema sem solução

Sobre o fato de que 83% dos matadouros de Pernambuco não possuem condições mínimas de funcionamento não há controvérsias, mas as soluções para o problema estão longe do consenso. A iniciativa de interdição esbarra no receio de que a região seja abastecida por carnes clandestinas. Com isso, as inspeções e laudos realizados pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), muitas vezes requisitados pelo Ministério Público do estado (MPPE), terminam mais sendo motivo de constrangimento para os administradores e as prefeituras do que forçam os gestores a realizarem as adequações requisitadas.

No matadouro de Arcoverde, por exemplo, o fiscal da Adagro Evandro Cavalcanti, que acompanhou a reportagem, precisou lembrar sua função para que seu acesso fosse liberado. Já a entrada da equipe de reportagem precisou ser autorizada pelo secretário municipal interino de Agricultura, Renato Campos. O fato de não ter havido mudanças significativas no matadouro de 8 de fevereiro de 2007, data do último laudo realizado pela agência, até o dia da visita do Diario, 16 de setembro deste ano, explica um pouco a “receptividade” dos seguranças.

“Esse matadouro é totalmente fora do padrão”, reconheceu o secretário Renato Campos. Segundo ele, a promessa de construir um novo espaço em seis meses partiu do secretário de Agricultura do estado, Ranilson Ramos. O detalhe é que desde 2007 o projeto vem sendo aguardado. “Tendo em vista a construção de um novo matadouro, não sugerimos o fechamento, mas adequações. O simples fechamento acarretaria a indução da matança clandestina...”, diz a conclusão do laudo.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (Caop Consumidor, do MPPE), Liliane Fonseca, não acha que a interdição induz necessariamente ao abate clandestino. “É melhor interditar e acelerar o programa de regionalização dos abatedouros do que colocar em risco a saúde da população. O MPPE recomenda, mas quem tem poder de polícia é a Adagro, portanto, é esse órgão que precisa agir com mais veemência”.

Continua...
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A carne que comemos (parte III)

Processo errado, contaminação certa

Municípios que não possuem veterinários carimbam as carnes com o selo de inspeção legalizando o que é ilegal.
 Imagem: Teresa Maia/DP/D.A Press


“Para que um matadouro funcione é preciso que ele seja sustentado por três pontos: consumidor, higiene e inspeção sanitária.” A frase é de Paulo Foerster, médico veterinário e membro da comissão de inspeção e tecnologia da carne, parceira do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O que se vê na prática, no entanto, é que a higiene passa longe da imensa maioria dos matadouros do interior do estado e que a inspeção sanitária só existe no papel.

É difícil conceber a ideia de que a falta de abastecimento d’ água não seja um impedimento à realização dos abates bovinos em muitos municípios pernambucanos. Cada boi abatido jorra em média 9 litros de sangue que se espalham na sala da matança, já que muitos matadouros não possuem as canaletas de sangria para captação. Pior, a inexistência da área de vômito e a exposição do conteúdo intestinal dos animais, sem a água para fazer a limpeza, tornam o ambiente impróprio para qualquer tipo de atividade, principalmente a alimentar.

De acordo com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), são exigidos de 600 a 6 mil litros de água por cabeça de boi. Para compensar a falta e não deixar a matança parar, algumas prefeituras compram caminhões pipa, outras improvisam guardando água em reservatórios de PVC, galões reaproveitados de tinta e baldes. Esse cenário foi visto em cinco das sete cidades que o Diario visitou: Limoeiro, Nazaré da Mata, Bonito, Arcoverde e Pesqueira. Nesta última, ao encontrar blocos de fungos na água armazenada, ouvimos de um funcionário, na tentativa de tranquilizar os visitantes, que a água não era usada para lavar as carnes, “só o ambiente”.

Em quase todo o estado, o instrumento do abate utilizado é a marreta, descumprindo a instrução normativa nº3/2000 do Ministério de Agricultura que proíbe “qualquer ato ou uso de instrumentos agressivos a integridade físicados animais”. Para o abate humanitário, é exigido o uso da pistola pneumática que deixa o boi inconsciente permitindo que seja abatido sem a sensação dedor. No entanto, como o custo da pistola é considerado alto (de R$ 3 a 5 mil) apenas os abatedouros de Paudalho, Paulista e São Lourenço da Mata possuem. Nazaré da Mata fez a compra da pistola e da vestimenta adequada para os funcionários recentemente, depois que a reportagem visitou o local.

A ausência de veterinários nos dias de matança, em algumas cidades, também contribui com o aumento das irregularidades nos abatedouros. A presença desses profissionais é imprescindível, já que são responsáveis pela inspeção ante-mortem e post-mortem, ou seja, quando o animal chega aos currais e após o abate. “Os municípios que não possuem veterinários e botam nas carnes o carimbo de inspeção estão dando legalidade ao que é ilegal. Desconheço legislação municipal que trate da inspeção no abate, por isso a situação está desse jeito”, comentou Foerster, que há 10 anos realiza um levantamento sobre matadouros.

Continua...

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A carne que comemos (parte II)

PASSO A PASSO DO ABATE CORRETO- como deveria ser o processamento de carnes bovinas
  1. Os animais devem possuir o GTA (Guia de Trânsito Animal), licença e atestado sanitário. Ao desembarcar nos currais, os animais devem ,por 24h, entrar em dieta hídrica, jejum e descanço.
  2. O médico veterinário deve fazer a inspeção dos animais para liberá-los ou não para o abate. Todos os funcionários devem estar com fardamento adequado;
  3. Os animais em condições devem ser encaminhados aos currais de matança, em seguida, recebem um banho de aspersão para relachamento e limpeza;
  4. um por um, os animais devem ser encaminhados para o boxe de atordoamento. Ideal para o abate humanitário, a pistola pneumática, que deixa o animal inconsciente;
  5. Para cada animal abatido são necessários de 600 a 6000 litros de água. O animal deve ser suspenso para que todo o processo de sangria e esfola seja realizado sem contato com o chão;
  6. O médico veterinário realiza a inspeção das vísceras (pót-mortem) para liberar ou não a carne para a comercializção. As carcaças de carne boas para o consumo devem conter o carimbo de inspeção;
  7. A carne deve ser conservada na câmara fria até que o transporte seja feito por meio de caminhões-baús refrigerados;
  8. Nos mercados as carnes não podem ficar em temperatura ambiente, nem expostas para manuseio das pessoas, para evitar contaminação.

domingo, 2 de outubro de 2011

Naturalmente descafeinado

Agrônomos de Campinas testam planta com teor de cafeína 10 vezes mais baixo que o do café consumido habitualmente. A ideia: investigar se o café naturalmente descafeinado pode ser introduzido nas lavouras e render boas safras.       

Os amantes do bom cafezinho que têm problemas com a ingestão de cafeína poderão em breve experimentar uma versão da bebida naturalmente descafeinada. Pelo menos é o que esperam os pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que estão realizando testes com uma planta cujo teor da substância é de apenas 0,07% — 10 vezes menos que o café consumido habitualmente.
“A característica diferenciada da planta que usamos nas pesquisas é resultado de uma mutação natural”
O cafeeiro é um exemplar da espécie Coffea arabica, que normalmente possui cafeína em sua composição e é a mais consumida no mundo. “A característica diferenciada da planta que usamos nas pesquisas é resultado de uma mutação natural”, explica a engenheira agrônoma Maria Bernadete Silvarolla, do IAC.
Para os pesquisadores, o cafeeiro é um verdadeiro tesouro. Trazido da Etiópia para o Brasil, através da Costa Rica, na década de 1970, ele foi descoberto em meio a 2.500 mudas preservadas em um banco genético, após muita dedicação e paciência da equipe.
O objetivo dos testes é verificar se este café naturalmente descafeinado pode ser introduzido nas lavouras e render boas safras. Segundo Silvarolla, a mutação que reduziu a concentração de cafeína na planta também reduz sua produtividade, o que a diferencia das cultivares melhoradas de Coffea arabica, que são altamente produtivas. Por isso, os pesquisadores do IAC estão trabalhando no melhoramento genético do cafeeiro, a fim de viabilizar a produção em larga escala.
Por meio da hibridização, a equipe espera reunir em uma só planta duas características: baixo teor de cafeína e alta produtividade. A técnica consiste em fazer cruzamentos dirigidos manualmente, visando à transferência dos genes do café descafeinado para sementes de uma cultivar modelo de Coffea arabica.
O café descafeinado encontrado hoje nos supermercados é produzido industrialmente
Os pesquisadores já obtiveram a segunda geração desse vegetal híbrido e agora realizam mais testes. “Esta etapa é importante para que nós possamos verificar quais genes estão governando as características da planta, além de corrigir defeitos e analisar necessidades de plantio, como adubação e espaçamento entre as plantas”, conta Silvarolla.
O café descafeinado encontrado hoje nos supermercados é produzido industrialmente. O método mais utilizado é à base de um solvente químico — geralmente o diclorometano —, que é passado nos grãos para extrair o estimulante.

De olho no exterior

A engenheira agrônoma acredita que a produção de café naturalmente descafeinado no Brasil pode ajudar a incrementar as exportações do país, maior produtor e exportador mundial do produto.
“Nossa meta é proporcionar às pessoas mais uma alternativa”
Por aqui, apenas 1% da bebida consumida é sem cafeína, mais procurada por aqueles que apresentam dores de cabeça ou agitação ao ingerirem a substância. Já no exterior, o café descafeinado é o preferido de aproximadamente 10% dos consumidores.
“Nossa meta é proporcionar às pessoas mais uma alternativa”, ressalta a pesquisadora do IAC. Quanto às propriedades da bebida, ela garante que o descafeinado não fica devendo nada ao café comum.
“O fato do cafeeiro encontrado também pertencer à espécie Coffea arabica, que é o tipo mais saboroso e aromático de café, nos dá ainda mais esperanças de que poderemos obter bons resultados nos testes”, sublinha Silvarolla.

Ciência Hoje/RJ

Transgênico 100% nacional

Feijão geneticamente modificado desenvolvido pela Embrapa é liberado para uso comercial no Brasil. Planta resistente ao vírus do mosaico dourado deve chegar ao mercado até 2014.       

Ainda que sem unanimidade, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, na semana passada, a produção comercial do primeiro organismo geneticamente modificado desenvolvido totalmente no Brasil – uma variedade de feijão-carioquinha resistente ao vírus do mosaico dourado.
O produto saiu dos laboratórios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e deve ser disponibilizado no mercado para agricultores até 2014, segundo previsão dos pesquisadores responsáveis pelo estudo. Depois de liberada comercialmente, a nova variedade de feijão precisa passar por testes para ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O mosaico dourado atinge plantações de feijão em quase todo o país, gerando perdas de 80 a 280 mil toneladas do grão anualmente
O mosaico dourado é uma doença que atinge plantações de feijão em quase todo o país, gerando perdas de 80 a 280 mil toneladas do grão anualmente. Segundo estimativa da Embrapa Arroz e Feijão, o volume perdido por conta da doença seria suficiente para alimentar de 5 a 10 milhões de pessoas. No Brasil, apenas o Rio Grande do Sul está livre da praga, já que a mosca-branca, transmissora do vírus, não se adapta bem às condições climáticas do estado.
Para tornar o feijão imune ao vírus, os pesquisadores utilizaram um mecanismo conhecido como RNA interferente. “Uma estratégia que a natureza já usa”, explica o engenheiro agrônomo Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que coordenou a pesquisa juntamente com o agrônomo Josias Faria, da Embrapa Arroz e Feijão.
RNAs interferentes inibem a ação de genes específicos. “Qualquer planta tem RNAs interferentes que a tornam resistente a 99,9% dos vírus”, explica Aragão. “Mas isso não a impede de ser suscetível a dois ou três agentes infecciosos.” O que os pesquisadores fizeram foi mimetizar o funcionamento de um RNA interferente de modo a tornar o feijão resistente especificamente ao vírus do mosaico dourado.
Como não tem qualquer proteína diferente do feijão tradicional, o transgênico da Embrapa não apresenta, segundo os pesquisadores, risco de alergenicidade e toxicidade. O RNA interferente utilizado, aliás, já é encontrado no feijão, porém ele só aparece depois que o feijoeiro já está contaminado, como mecanismo de defesa.
A busca por uma forma de tornar a leguminosa resistente à doença se estendia por mais de 30 anos em todo o mundo. Na Embrapa, os estudos que culminaram na semente transgênica aprovada na semana passada começaram há cerca de uma década.
Plantação de feijão transgênico
Plantação de feijão transgênico cultivada pela Embrapa Arroz e Feijão, em Goiânia (GO). Entrada do produto no mercado deve impulsionar a produção da leguminosa no Brasil. (foto: Francisco Aragão/ Embrapa)

Aprovação

A liberação comercial do feijão transgênico não foi unanimidade entre os membros da CTNBio. O produto foi aprovado com 15 votos favoráveis contra cinco pedidos de mais informações e duas abstenções.
O representante do Ministério da Saúde na comissão, por exemplo, afirmou que, com os dados disponíveis, não será possível monitorar da maneira adequada os eventuais efeitos adversos da nova semente quando consumida em grande escala. A legislação brasileira exige que todo produto transgênico fique sob vigilância por cinco anos após a entrada no mercado.
“Há realmente uma dificuldade de monitorar os efeitos do feijão na saúde humana, mas isso porque ninguém come apenas feijão em uma refeição, e uma eventual reação adversa poderia ser atribuída a qualquer alimento consumido”, defende Aragão.
Entre os testes por que a semente passou antes de ser aprovada estão avaliações de segurança para o meio ambiente e para o consumo humano. “Começamos com a caracterização molecular, fizemos cruzamentos com outros tipos de feijão, testamos a interação entre a nova variedade e populações de microrganismos presentes no solo brasileiro”, explica o pesquisador. O grão foi usado ainda na alimentação de mamíferos e não foi observada qualquer reação adversa.

Impacto social

A entrada do feijão geneticamente modificado da Embrapa no mercado deve impulsionar a produção da leguminosa no Brasil. Como a tecnologia utilizada foi desenvolvida totalmente por uma empresa pública brasileira, os agricultores interessados não precisarão pagar qualquer tipo de royalty.
“As sementes deverão ter o mesmo preço das do feijão tradicional”, diz Aragão. Como o feijoeiro está livre do risco de contaminação, medidas contra a mosca-branca, como o uso de inseticidas, poderão ser dispensadas. De acordo com o engenheiro, a mesma modificação feita no feijão-carioquinha pode ser replicada em outros grupos, como o do feijão-preto.
A CTNBio já liberou comercialmente mais de 30 plantas geneticamente modificadas
A CTNBio já liberou comercialmente mais de 30 plantas geneticamente modificadas. O feijão resistente ao vírus do mosaico dourado é o segundo desenvolvido nos laboratórios da Embrapa e é o primeiro que utiliza tecnologia 100% nacional. A instituição já teve aprovada, em 2010, uma variedade de soja tolerante a herbicidas, obtida em parceria com a empresa alemã Basf.
Segundo a Embrapa, o Brasil ocupa o primeiro lugar na produção mundial de feijão, mas a demanda interna ainda não é totalmente suprida, principalmente por conta das perdas causadas por pragas. Cerca de 80% da área plantada está em pequenas propriedades, de menos de 100 hectares.

Ciência Hoje On-line

sábado, 1 de outubro de 2011

A carne que comemos (parte I)

Antes que a carne chegue ao nosso prato, ela passa por três processos: o abate, o transporte e a comercialização. O Diario de Pernambuco percorreu o estado e se deparou com cenas impressionantes de preceriedade e falta de higiene nos matadouros. Carne cortada no chão, manipulada com água suja não tratada, colocada em superfícies inferrujadas, misturada com os dejetos do animal e sendo devorada por cachorros e urubus.A pesquisa foi feita em 156 estabelecimentos, dos quais 83% se mostraram sem condições mínimas de operação, 70%não tratam a água, apenas 34% realizam abate aéreo como exige a legislação, 67% não possuem pessoal qualificado, embora 77% destes matadouros tenham inspeção sanitária.
A Diretora da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), tem acompanhado a situação dos matadouros do estado. Os fiscais de defesa agropecuária realizou inspeções do ano de 2010 a agosto de 2011, emitiu 62 laudos de vistoria, foram sugeridas 26 interdições, mas na prática elas nem sempre acontecem. O matadouro de nazaré da Mata é um desses que deveria estar fechado (laudo emitido no dia 29 de abril deste ano), no entanto, continua fucionando.
Continua....

Fonte: Diario de Pernambuco

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cuidados a Ter Com o Peixe- Da Compra ao Prato

O peixe é um alimento rico em ómega-3, benéfico e fundamental, que deve constar na nossa alimentação, pelo menos 3 vezes por semana. Traz nutrientes importantes como zinco, magnésio e vitaminas A, D e B12. É um alimento excelente para controlar o colesterol e trigicerídeos no sangue.
Assim, para o peixe ser “fresco”, isto é, recentemente pescado e com aparência saudável, considere os seguintes critérios:
  • Deve estar sob refrigeração ou sob uma camada de gelo;
  • Deve ter uma aparência sem manchas, cortes e furos;
  • As escamas devem estar brilhantes, translúcidas, firmes e resistentes, com pele úmida e rígida (não baça e frouxa);
  • Os olhos devem estar salientes, brilhantes e avermelhados, sem pontos brancos no centro do olho;
  • A membrana que reveste a guelra deve estar rígida; a parte interna deve estar brilhante com vasos sanguíneos cheios, bem preenchidos e guelras de cor rosa até ao vermelho, úmidas e brilhantes;
  • Ausência de muco ou muco pouco significativo;
  • O odor deve ser salgado e limpo ao peixe em questão (obviamente) pescado há pouco.
No que concerne ao peixe congelado, há que observar as seguintes condições:
  • Deve estar acondicionado em embalagem própria;
  • Armazenado à temperatura conveniente, e que é, geralmente, inscrita na embalagem pelo fabricante, com a data de validade respeitada, como produto perecível;
  • Sem estar amolecido ou sem água visível, sinal de que o produto já foi descongelado ou que esteve a uma temperatura imprópria;
No que diz respeito a peixes secos, tal como o célebre bacalhau, devem ser observados os seguintes critérios:
  • O peixe deve estar armazenado num local limpo, sem insetos, animais ou lixo;
  • Se estiver embalado, verificar as datas inscritas no rótulo, verifique os prazos de validade, o país de origem, o selo de inspeção obrigatório;
  • Verifique se o produto não tem larvas ou ovos de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, odor desagradável ou, até amolecimento, provocado por uma secagem mal feita (para além de pagar mais por ”água”, pode levar consigo um produto já deteriorado);
  • Desconfie de bacalhau ou muito claro ou muito escuro; a pele do bacalhau deve soltar-se com facilidade, após o processo de secagem a que foi submetido;
  • Antes de cozinhar bacalhau seco, tenha em atenção o excesso de sal do alimento. Deixe-o de molho de um dia para o outro na geladeira, trocando a água.
fonte: http://www.emforma.net

Operação em hospitais apreende 150 kg de alimentos irregulares no RJ

Três nutricionistas foram presas e pagaram fiança.
Comida era servida a pacientes, disse delegada da Decon.

Carnes irregulares foram apreendidas em hospitais do Rio (Foto: Carolina Lauriano / G1)Carnes irregulares são apreendidas em hospitais
do Rio (Foto: Carolina Lauriano / G1)
A Operação UTI, que tem como objetivo fiscalizar hospitais particulares do Rio, terminou, nesta quarta-feira (28), com três nutricionistas presas e cerca de 150 quilos de alimentos irregulares apreendidos. A ação foi realizada por 10 agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) em três unidades de saúde.
De acordo com a delegada titular, Patrícia de Paiva Aguiar, as três profissionais pagaram fiança e vão responder em liberdade pelo crime contra as relações de consumo. A pena varia de dois a cinco anos de detenção.
“Elas foram presas porque não fiscalizaram com devida cautela os alimentos que seriam servidos aos pacientes”, afirmou a delegada.
Bacalhau e suplementos alimentares estavam irregulares (Foto: Carolina Lauriano / G1)
 (Foto: Carolina Lauriano / G1)
Ela disse que os alimentos era impróprios para consumo pois possuíam data de validade vencida ou não apresentavam a especificação do produto, como origem e fabricação.
Cada uma das acusadas era responsável por um dos hospitais vistoriados, nas zona Sul e Oeste da cidade e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A delegada explicou que esta já é a quarta Operação UTI realizada pela Decon, desde maio deste ano, e a meta é intensificar esse tipo de fiscalização. A ação teve início através de denúncias anônimas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Abatedouro clandestino com 400 kg de carne de jumento é fechado em Limoeiro

Dois homens foram presos, por volta das 10h30 desta quarta-feira (28), com cerca de 400 kg de carne de jumento, numa residência no município de Limoeiro, Agreste de Pernambuco. Adenílton Xavier da Silva, 28 anos, e Sérgio Rodrigues Lino, 33, colocavam as "carcaças" do animal numa kombi quando foram pegos em flagrante por agentes da Polícia Civil.

De acordo com as investigações, o estabelecimento funcionava como um abatedouro clandestino, e o material seria comercializado nos mercados públicos de Afogados, Zona Oeste do Recife, e no de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes. Por meio do Serviço Reservado, que observou uma movimentação suspeita na casa, é que os agentes da Polícia chegaram aos criminosos.

Os acusados irão responder pelo crime contra o consumidor e a ordem tributária, e serão encaminhados ao Presídio Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, onde ficarão à disposição da Justiça. O proprietário da casa, Antônio Ferreira da Silva, alegou não participar do esquema e será testemunha do caso. Mas, a Polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas.


Própolis dá capacidade antimicrobiana a materiais plásticos

Pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo filme plástico para uso em embalagens de alimentos com propriedades antimicrobianas.
O material ganhou sua propriedade bioativa com a adição de própolis
A propriedade antimicrobiana do própolis foi transferida para o filme, tornando-o ideal para a embalagem e conservação de alimentos. O filme plástico antimicrobiano é formado por vários componentes: gelatina (comum), material plastificante (foram utilizados o sorbitol e o citrato de acetil tributila), álcool etílico e o extrato de própolis.
O microorganismo utilizado para colocar à prova a propriedade antimicrobiana do filme foi a bactéria Staphylococcus aureus. Ele foi testado em diferentes concentrações em relação à gelatina: 5%, 40% e 200%. Tal diferenciação foi útil, já que os resultados foram diferentes.
Quando o extrato etanólico de própolis foi utilizado em concentração de 40% e 200%, os filmes apresentaram a atividade antimicrobiana. Já na concentração de 5%, a Staphylococcus aureus cresceu sobre o filme biodegradável, demonstrando que esta concentração não tem efeito inibitório.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

Alimentos termogênicos


Alimentos termogênicos são aqueles alimentos que fazem o organismo gastar mais energia para serem processados e digeridos, elevando assim o gasto energético.
Isso acontece porque esses alimentos contêm substâncias que ajudam a acelerar o metabolismo, que é o conjunto de reações químicas que induz o organismo a queimar a quantidade de energia (calorias) necessária para manter-se ativo. Também é responsável por transformar em energia as calorias provenientes da alimentação e da gordura já existente no organismo. E isso pode acontecer tanto no período em que o corpo precisa de mais energia para realizar atividades físicas, como nas horas de descanso, já que mesmo em estado de repouso a ação proporciona uma queima calórica maior, facilitando a redução de peso e de gordura corporal.
Mas para que os alimentos termogênicos ajudem mesmo a emagrecer, é preciso que eles sejam consumidos sempre, pelo menos duas vezes por dia. A opção é ser criativo na hora de incluir estes ingredientes na dieta.
Para garantir uma queima de gordura maior ainda, é só consumir os alimentos termogênicos antes da atividade física. "Além de deixar a pessoa mais ativa, mais animada para exercícios, potencializa a queima de gordura, que já iria acontecer durante a atividade"explica Jaqueline Minatti, nutricionista.
Os mais indicados são: pimenta e pimentões; gengibre; vinagre de maçã; chá-verde; canela; guaraná em pó; linhaça; laranja; kiwi; café preto; chá mate; hortelã; ômega 3 (salmão, sardinha, cavalinha, bacalhau); algas; soja; brócolis; água de coco; mostarda; aspargos; couve; acelga; cominho; cebola; alho; e curry.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Projeto Beijupirá em Pernambuco fecha as portas

UM PROJETO QUE NAUFRAGOU - A Aqualider, a primeira fazenda marinha de criação de pescados do Brasil, encerrou as suas atividades.

Dez milhões de reais e cinco anos de trabalho se dissolveram em alto mar, a 11 quilômetros da costa da Praia de Boa Viagem. A distância é o mesmo número de “pontos críticos” apontados pela pernambucana Aqualider ao relatar ao JC, ontem, o naufrágio melancólico de seu negócio, ano passado, em época de eleições presidenciais. A Aqualider fechou em silêncio, depois de ter recebido até o ex-presidente Lula no lançamento da primeira fazenda marinha de criação de peixes do Brasil, em 1º de fevereiro de 2009. A escolha foi pelo nobre peixe beijupirá. Os motivos alegados para o fechamento da empresa vão da má qualidade da ração fornecida no Brasil a problemas ambientais e até um acidente com um barco de terceiros.
A Aqualider criou larvas de camarões até 2004. Saiu do negócio quando os Estados Unidos investigaram supostas práticas anticompetitivas de empresas brasileiras no mercado de crustáceos. A empresa começou a saga pela fazenda marinha, formato inédito no Brasil.
A criação continental de peixes não atingiria um volume industrial. Era preciso seguir o exemplo do Chile, Noruega e até Taiwan. Depois de encarar uma infinidade de cadeiras de espera em órgãos públicos, em 2008 o governo licitou a concessão de 169 hectares em Pernambuco, levada pela Aqualider.
A empresa organizou a tecnologia e buscou funcionários. Envolveu a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pescadores de Brasília Teimosa a Barra de Jangada. Os filhotes de peixes, conhecidos como alevinos, eram criados em tanques em terra firme, para engorda em alto mar.
Foram instalados quatro tanques-rede. Seriam 48, ao custo de US$ 35 mil cada um, na época. O quilo do peixe seria vendido a R$ 15. O beijupirá chega, em um ano, a pesar 15 quilos. Em três anos de operação, seriam 10 mil toneladas de peixe.
Lula veio para a cerimônia de lançamento da Aqualider com três ministros, além do governador Eduardo Campos, e até alimentou os peixes.
Em 2009, a produção foi maior que o esperado: em vez de 40 toneladas, foram 60 toneladas, todas vendidas. Ano passado, porém, zero real foi comercializado.
O empresário Manoel Tavares, dono do negócio, diz que não foi o câmbio que afundou a Aqualider.
Ele também diz que primeiro consultou o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) sobre dificuldades no negócio, antes de comunicar, o fechamento da empresa. “Não queria fechar um projeto inaugurado por Lula, por quem tenho apreço pela visão de criar o próprio MPA, responsável pelo estabelecimento do marco legal da exploração privada de águas públicas”, diz Manoel Tavares.

Publicado no Jornal do Comercio, Recife

Programa Alimentos Seguros - PAS


Busca garantir, por intermédio do sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC, a segurança dos alimentos, reduzir custos, incrementar a produtividade e a competitividade, além de atender estritamente às exigências das legislações nacional e internacional.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria - CNI, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, o Serviço Social da Indústria - Sesi, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac, o Serviço Social do Comércio - Sesc, a Embrapa, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e com os Ministérios da Saúde, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve a formação de consultores e técnicos qualificados para atender às empresas, de forma que possam oferecer ao mercado alimentos seguros.
Os produtores e manipuladores de alimentos encontram no PAS um aliado na competitividade instalada no cenário nacional e mundial.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Embrapa inicia pesquisa sobre compostos bioativos em bagaço de uvas





A Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) iniciou atividades de pesquisa que visam “Extrair do bagaço de uvas compostos bioativos, como o resveratrol e outras moléculas, que possam contribuir para saúde, e desenvolver bebidas lácteas e sucos de frutas com estes compostos funcionais de interesse comercial e industrial”, segundo a pesquisadora Lourdes Maria Correa Cabral, líder do projeto Extração e uso de substâncias de interesse comercial e industrial a partir de coprodutos gerados na produção de vinhos e suco de uva. O projeto vai trabalhar com resíduos do processamento de suco de uva, vinho tinto e vinho branco e também vai estudar a extração de óleo dos caroços presentes no bagaço. O óleo da semente de uva tem alto valor agregado e é muito utilizado na indústria de cosméticos, cada vez mais interessada em utilizar ingredientes naturais, mas ainda não é extraído do resíduo da uva, sendo descartado. O projeto vai aperfeiçoar a técnica de separação do caroço do bagaço e os processos de extração e refino do óleo da semente da uva, garantindo seu aproveitamento. Os resíduos da indústria vinícola e de sucos ganharão aproveitamento econômico e os produtores, mais opções de renda.

Na primeira fase, serão realizados estudos de extração de compostos com atividade biológica (bioativos) dos bagaços, por meio de extração com solvente e enzimática, e estudos de extração de óleo das sementes presentes no bagaço. Pretende-se, no primeiro ano do projeto, aperfeiçoar o processo de extração no que diz respeito à atividade antioxidante em cada um dos extratos. Será verificado o nível de atividade antioxidante e o teor de antocianinas, para saber qual é o mais interessante do ponto de vista funcional.

Em uma segunda fase, as instituições parceiras vão realizar estudos e testes com os extratos e desenvolver os produtos. Participam do projeto pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), e quatro grupos de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Química, Grupo de Bioquímica Médica, Instituto de Microbiologia e Grupo Ciência de Alimentos. Além da parceria de instituições de ensino e pesquisa, o projeto conta com a participação da Vinícola Aurora e da Tecnovin, empresas produtoras de vinhos e suco de uva com expressiva participação no mercado, sediadas no Rio Grande do Sul.


Foto: Embrapa Uva e Vinho
Embrapa Agroindústria de Alimentos
Tel. 21 3622-9737

Vacas transgênicas e clonadas produzem laticínio melhor

É a última novidade no campo das "biofábricas", animais modificados geneticamente para produzir moléculas de interesse humano!

Na indústria de laticínios, melhor do que modernizar máquinas e processos, só mesmo melhorar a vaca. Foi o que fizeram pesquisadores da estatal AgResearch, na Nova Zelândia. Em estudo publicado na revista Nature Biotechnology, eles relatam a produção de vacas transgênicas capazes de produzir quantidades elevadas de uma proteína em seu leite.
O produto apresenta características melhoradas para a produção de queijo e outros laticínios. É a última novidade no campo das "biofábricas", animais modificados
geneticamente para produzir moléculas de interesse humano.
As 11 vacas receberam cópias extras de dois genes responsáveis pela produção da caseína, proteína que compõe 80% do leite. Os animais são transgênicos e clonados - exatamente nessa ordem. Os genes adicionais são inseridos em células de pele bovina no laboratório, que depois são usadas em um processo de clonagem por transferência nuclear. O animal clonado já nasce com as alterações genéticas embutidas.
Nove das vacas produzem até 20% mais beta-caseína e o dobro da quantidade de capa-caseína, principais formas da proteína. Juntas, elas oferecem uma série de vantagens
para a fabricação e o processamento de queijos. "A magnitude das mudanças observadas demonstra o potencial da tecnologia transgênica para manipular a composição do leite em vacas leiteiras", dizem os cientistas.

O atual limite de CCS do leite no Brasil está adequado? (PARTE III)

Reduzir ou não o limite?
Os limites máximos de CCS são usados para definir se o leite está ou não adequado para o consumo humano. A definição de um limite legal máximo de CCS do leite tem como pressuposto a proteção da saúde do consumidor. No entanto, a maioria dos especialistas concorda que o limite de CCS não está associado com riscos a saúde pública, pois as células somáticas estão naturalmente presentes no leite. Deste modo, não se pode considerar que haja diferença de segurança quanto ao consumo de leite com 400.000 ou 750.000 células/ml. Por outro lado, pesquisas científicas indicam que fazendas leiteiras com alta CCS apresentam risco aumentado de ocorrência de resíduos de antibiótico no leite. Considerados estes dois aspectos, pode-se questionar quais as razões e potenciais benefícios da adoção de limites mais rígidos de CCS no Brasil.

A CCS do tanque é um indicativo da ocorrência de mastite subclínica no rebanho. Além disso, está ligada às condições higiênicas de produção de leite e a qualidade/rendimento industrial da fabricação dos derivados lácteos. Desta forma, ainda que não tenha relação com riscos à saúde pública, a CCS do leite está intimamente associada com a qualidade industrial do leite, com prejuízos aos produtores e indústria processadora, além de ter trazer restrições a entrada no mercado internacional. Além dos potenciais benefícios econômicos gerados pela redução da CCS do leite, pode-se citar algumas vantagens adicionais: a) aumento da confiança de consumidores no fornecimento de leite de alta qualidade para o consumo; b) harmonização de padrões internacionais de qualidade para o comércio de leite entre países; c) aumento da competividade dos produtos lácteos no mercado internacional; d) redução do risco de resíduos de antibióticos no leite; e) redução de custos de produção do leite em nível de rebanho.

Dentre todos os potenciais benefícios da redução do limite legal da CCS, um dos mais significativos para a cadeia produtiva é a harmonização do limite legal com aquele adotado por outros países exportadores, o que poderia aumentar a competividade do leite brasileiro. Contudo, se o mercado externo não for uma das metas a serem buscadas pelo agronegócio do leite, a adoção de limites mais rígidos de CCS não parece ser limitante do ponto de vista de segurança e saúde pública para consumo interno.

Para os produtores, independentemente dos limites legais máximos a serem adotados para o leite, os atuais programa de pagamento por qualidade bonificam aqueles que entregam leite com menos de 400.000 células/ml. Em algumas empresas os maiores valores de bonificação somente são atingidos quando o leite apresenta CCS 200.000 células/ml e ocorre forte penalização do preço quando este valor ultrapassa 400.000 células/ml. Estes dados sobre os sistemas de pagamento por qualidade, cada vez mais comuns, indicam que o mercado se antecipa e define padrões de excelência de qualidade muito mais rígidos do que a legislação estabelece. Contudo, a legislação além de proteger a saúde da população, deve também criar condições para maior competividade do setor.

FONTE: http://www.milkpoint.com.br

O atual limite de CCS do leite no Brasil está adequado? (PARTE II)

Um pouco de história
No Brasil, a adoção de limites máximos de CCS do leite foi definida pela IN 51/2002 (MAPA), a qual estabeleceu um período de adaptação inicial de 3 anos para entrada em vigor do limite de 1.000.000 células/ml, em 2005, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. Este legislação previa ainda que haveria reduções deste limite para 750.000 células/ml, em 2008 e, finalmente, para 400.000 células/ml, em 2011 (prorrogado para 01/2012). Para as demais regiões (Norte e Nordeste), os limites entrariam em vigor dois anos após as primeiras regiões. É importante lembrar que desde dezembro/1999, o assunto de mudança de legislação já era discutido, uma vez que pela Portaria MAPA 56/1999 foi submetida à consulta pública os regulamentos técnicos de qualidade do leite, que posteriormente foram adotados na legislação.

Com base cronograma proposto, a IN 51/2002 buscava, dentro de um período de 6 anos, sair de uma situação de ausência total de limites para um patamar similar ao padrão europeu de CCS do leite, o que indica um enorme desafio para a cadeia produtiva. A IN 51/2002 estabelece que a avaliação da CCS dos produtores seja feita com base na média geométrica dos últimos 3 meses. Como definição, a média geométrica de três amostras nada mais é do que a raiz cúbica da multiplicação dos três valores em questão. Para facilitar a compreensão deste conceito, exemplificaremos a média geométrica de 3 valores: 10, 100 e 1000. Aplicando-se o conceito acima, inicialmente é necessário calcular o produto (multiplicação) entre os valores (10 x 100 x 1000 = 1.000.000) e posteriormente calcular a raiz cúbica deste produto (1.000.0001/3 = 100). Desta forma, a média geométrica dos valores 10, 100 e 1000 é igual a 100.

Nos EUA, o primeiro limite legal de CCS foi de 1.500.000 células/ml, adotado em 1970. Esta legislação somente foi alterada em 1986, passando para 1.000.000 células/ml, e em 1991 foi estabelecido o limite atual de 750.000 células/ml. Os estados podem definir limites diferenciados de CCS, como a Califórnia que adota o 600.000 células/ml. Desde 1997, entidades como o National Mastitis Council (NMC, Conselho Nacional de Mastite dos EUA) vêm propondo a redução deste limite para 400.000 células/ml, sem obter sucesso. Contudo, é necessário destacar que a definição de limites de CCS nos EUA é decidida por votação dos representantes de serviços de inspeção dos estados e não por representantes da cadeia produtiva. Mesmo com o limite de 750.000 células/ml, a média de CCS dos rebanhos norte americanos em 2010 foi de 228.000 células/ml (97% dos rebanhos sob controle de CCS) e apenas dois estados apresentam média acima de 400.000 células/ml.

Na União Europeia, foi adotado em 1985 o limite de 400.000 células/ml para o leite fluido de consumo humano, comercializado dentro da UE. Em 1992, este mesmo padrão foi estabelecido para todos os derivados lácteos, além do leite fluido (Council Directive 92/46/ECC). Considerando a grande influência dos padrões europeus sobre o mercado lácteo internacional, os principais países exportadores também adotaram padrão semelhante, entre os quais Nova Zelândia e Austrália.

O atual limite de CCS do leite no Brasil está adequado? (PARTE I)

A decisão do MAPA em prorrogar por seis meses a entrada em vigor dos novos limites máximos microbiológicos e de células somáticas do leite intensificou a discussão sobre os critérios para definição dos atuais limites utilizados na legislação. Além da prorrogação dos limites de CCS e CBT, por meio da Instrução Normativa 32/2011 (12/07/2011), o MAPA nomeou um Grupo de Trabalho com representantes do agronegócio do leite para "estabelecer novas diretrizes do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite, bem como definir competências e compromissos de cada elo envolvido na cadeia produtiva do leite, e apresentar proposta conclusiva dentro do prazo da presente prorrogação". Vale mencionar que este é o primeiro reconhecimento oficial da existência do PNMQL.

Dentro deste cenário de prorrogação, alguns representantes do setor produtivo e das indústrias têm questionado a viabilidade da adoção de um limite de 400.000 células/ml para o leite do Brasil. Os principais argumentos contrários são de que este limite é excessivamente rígido e, consequentemente, não seria atendido por uma grande parcela dos produtores. De acordo com dados compilados dos laboratórios da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), cerca de 50% dos produtores avaliados em 2010 não atenderiam ao critério de produção de leite com < 400.000 células/ml, 30% estariam entre 400.000 e 750.000 células/ml, e 20% acima de 750.000 células/ml (....)

FONTE http://www.milkpoint.com.br/

legislações de alimentos

Instrução Normativa 51 de 18 de setembro de 2002 - MAPA (normas leite A, B e C, leite cru resfriado e leite pasteurizado)

domingo, 25 de setembro de 2011

Olá amigos!!

Estou abrindo este espaço para todos os interessados em ciência e tecnologia de alimentos, para aqueles que como eu, apreciam e se encantam com esta área de estudo.
Aqui poderemos trocar experiências, conhecimento, atualidades, informações nas diversas áreas relacionadas aos alimentos. Convido a todos, nutricionistas, veterinários, químicos, agrônomos, biólogos, engenheiros, zootecnistas, gastrônomos, etc.
Estaremos publicando artigos na área, informativos sobre eventos, congressos, palestras, assim como os cursos de extensão oferecidos para alunos e profissionais.
Aguardo suas visitas e participações.
Abraços a todos.