segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Astaxantina: Pigmento que dá a cor rosa-avermelhada aos flamingos pode ser um antioxidante potente como suplemento alimentar

Embora o carotenóide mais conhecido seja o betacaroteno, precursor da vitamina A, outro carotenóide tem recebido recentemente bastante atenção: a astaxantina. Quimicamente classificada como xantofila, que é uma família de carotenóides não precursores da vitamina A, é um nutriente lipossolúvel com estrutura molecular exclusiva que lhe confere excelente capacidade antioxidante. Organismos inferiores sintetizam a astaxantina com número importante de intermediários químicos os quais incluem fitoeno, licopeno, betacaroteno e cantaxantina. Tanto a astaxantina como a cantaxantina são exemplos de substâncias químicas chamadas de cetocarotenóides conjugados e, ambas ainda são classificadas como xantofilas. Enquanto o betacaroteno é um precursor da vitamina A, a astaxantina não pode ser convertida em vitamina A e, portanto, não pode atuar em processos específicos do retinol, como a visão.
A astaxantina é responsável pela cor rosa intensa observada em diversas espécies aquáticas, incluindo os salmonídeos (por exemplo, salmão), e em crustáceos (p.e., caranguejo, lagosta, camarão) e, mesmo em algumas espécies não-aquáticas como o flamingo (cuja alimentação inclui alguns organismos que produzem astaxantina). Os carotenóides encontrados nos fitoplânctons, algas e plantas (incluindo alho, limão, espinafre, pimentas, milho e muitos outros) normalmente participam dos processos de fotossíntese desses organismos ao agir como moléculas secundárias na absorção de luz. Salmonídeos e flamingos não produzem efetivamente astaxantina, mas obtêm-na dos outros animais que consomem. A fonte mais rica dessa substância é, de longe, a alga Haemococcus pluvialis, usada comercialmente como aditivo alimentar para dar cor a salmões e trutas arco-íris, ente outros, cultivados em viveiros. Peixes livres recebem a cor da astaxantina encontrada no krill e em outros crustáceos de que se alimentam. A astaxantina contida em lagostas vivas é complexada com proteínas chamadas carotenoproteínas que efetivamente passam uma cor marrom azulada a esses animais. Porém, quando as carotenoproteínas são desnaturadas em temperaturas elevadas associadas ao cozimento, a astaxantina é liberada, resultando na coloração vermelho-brilhante que associamos a um jantar com lagosta. Ao fornecer a coloração a tais animais marinhos, por conseguinte melhoram seu valor econômico (p.e., poucas pessoas considerariam apetitosa uma lagosta ou filé de salmão sem brilho). Alguns estudos recentes constataram efetivamente que a astaxantina também desempenha papel antioxidante e nutritivo na saúde marinha.
Toxicidade & Precauções
Até o momento, não foi relatado nenhum tipo de toxicidade associada à suplementação com astaxantina em estudos em animais ou seres humanos.
Funções no Corpo Humano: Antioxidante
Uma literatura significativa corrobora o uso da astaxantina como suplemento alimentar, incluindo estudos in vitro, estudos pré-clínicos e diversos estudos clínicos em seres humanos. Os dados sugerem consistentemente que a astaxantina pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva no combate a diversos distúrbios e doenças, entre eles doenças cardiovasculares, de imunidade, inflamação e problemas de degeneração neurológica.
Tem sido reportado em estudos laboratoriais que a astaxantina é, geralmente, pelo menos 10 x mais potente como antioxidante que os outros carotenóides padrão como a cantaxantina, betacaroteno, luteína, licopeno, tunaxantina e zeaxantina.
Quando comparados com a vitamina E em estudos laboratoriais, o potencial antioxidante da astaxantina foi, aproximadamente, de 80 a 550 vezes maior.

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