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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pesquisadoras brasileiras desenvolvem snacks com propriedades funcionais

Pesquisadoras da Unicamp, em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, desenvolveram formulação de snacks com propriedades funcionais. O trabalho foi publicado na edição de janeiro/março da revista Ciência e Tecnologia de Alimentos.
Salty Snacks
Os snacks foram desenvolvidos com a adição de isolado protéico de soja e licopeno como ingredientes funcionais. Os resultados mostraram que o produto obteve boa aceitação junto aos consumidores.
De acordo com a RDC 359/203, para ser considerado funcional, o alimento não deve ser de consumo ocasional. Os snacks ainda estão na categoria de alimentos de consumo esporádico, o que limita a alegação de funcionalidade.
Embora na legislação os snacks ainda sejam considerados de consumo ocasional, o que se observa na prática é um aumento no seu consumo. Estima-se que o setor movimente cerca de R$ 2 bilhões anuais, distribuídos por cerca de 800 marcas.
Diante desse cenário, o desenvolvimento de novas tecnologia de processamento dos snacks funcionais ganha ainda mais importância. Uma vez que o consumo de snacks só tende a crescer, a alternativa mais eficaz para combater os efeitos negativos do consumo excessivo é a oferta ao mercado de produtos mais saudáveis.
COSTA, P. F. P.; FERRAZ, M. B. M.; ROS-POLSKI, V.; QUAST, E.; QUEIROZ, F. P. C.; STEEL, C. J. Functional extruded snacks with lycopene and soy protein. Ciência e Tecnologia de Alimentos. v. 30, n. 1, p. 143-151, 2010.
STRINGHETA, P. C.; OLIVEIRA, T. T.; GOMES, R. C.; AMARAL, M. P. H.; CARVALHO, A. F.;VILELA, M. A. P. Políticas de saúde e alegações de propriedades funcionais e de saúde para alimentos no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 43, n. 2, p. 181-194, 2007

domingo, 30 de outubro de 2011

Bebida com proteína do soro do leite promove síntese do músculo esquelético

O consumo de proteína na dieta pode estimular a síntese de proteínas do músculo esquelético de acordo com um artigo na American Journal of Clinical Nutrition.
Curiosamente, os idosos apresentam uma resposta atenuada a síntese ligada ao consumo de proteínas, o que pode ser associado com a perda de músculo esquelético amplamente relacionada com a idade, chamada “sarcopenia.” Sabe-se que a resposta da síntese de proteínas musculares devido ao consumo de proteínas através da dieta depende da quantidade consumida, bem como o tipo de proteína. Proteína de soro de leite e caseína são frequentemente utilizadas como fontes de proteínas em diversos alimentos fortificados.
Em um estudo recentemente publicado por pesquisadores Holandeses, 48 homens na melhor idade e saudáveis consumiram uma bebida-teste contendo 20 gramas de uma das três diferentes fontes de proteínas: soro do leite, caseína ou caseína hidrolisada. Os pesquisadores obtiveram amostras de plasma e músculos dos participantes durante o período do estudo que compreendeu 8 horas. Os pesquisadores foram capazes de medir a absorção e metabolismo das diferentes fontes de proteínas, bem como calcular a síntese de proteínas musculares em um período de 6 horas porque havia incorporado anteriormente no leite uma forma especial detectável do aminoácido fenilalanina, a partir do qual o soro e caseína são obtidos.
Os resultados da pesquisa em homens na melhor idade indicaram que houve uma maior taxa de absorção inicial de aminoácidos do soro do leite e da caseína hidrolisada em comparação com a caseína. No entanto, a ingestão de proteína de soro de leite levou a maior taxa de síntese de proteínas musculares.
Os pesquisadores acreditam que isso pode ser relacionado com a maior disponibilidade de aminoácidos provenientes da proteína de soro de leite, em especial do aminoácido leucina, quando comparado com a caseína. Isso se deve provavelmente à rápida absorção de aminoácidos da proteína de soro do leite e maior conteúdo de leucina em relação à caseína. O foco na disponibilidade da leucina é consistente com observações de que o aminoácido leucina é um importante regulador pós-prandial da síntese de proteínas musculares.
Este estudo é interessante porque pode levar ao desenvolvimento de novos produtos, a base de proteínas, fortificados com soro de leite ou leucina para promover a síntese de músculo esquelético.
Fonte: Pennings B et al. American Journal of Clinical Nutrition 2011; 93:997-1005.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O consumo tiamina e riboflavina associado com menor incidência de TPM

Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (TPM) é relativamente frequente em muitas mulheres. A Síndrome caracteriza-se por sintomas físicos e psicológicos que se inicia durante a fase lútea tardia do ciclo menstrual e termina logo após o início do período menstrual. A patogênese da TPM é complexa e não bem compreendida. Além disso, pouco se sabe sobre a associação de consumo alimentar e TPM.
Um recente estudo caso-controle associado ao Nurses’ Health Study II investigou fatores de risco na dieta associados ao desenvolvimento da TPM. Em um período de 10 anos de estudo epidemiológico longitudinal com mulheres livres de TPM, 1057 mulheres desenvolverem a TPM e, estes casos foram pareados com 1968 mulheres que permaneceram livres de TPM durante o período de estudo.
Os pesquisadores da Universidade de Harvard e a Universidade de Massachusetts estudaram a associação de TPM com o consumo de vitaminas através da alimentação a partir um questionário semiquantitativo de frequência aplicado em indivíduos durante quatro anos de acompanhamento. Além disso, uma série de outras variáveis não-nutricionais foram potencialmente associadas a TPM a partir da análise dos questionários.
Segundo o artigo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, pesquisadores de Massachusetts constatarem que há uma relação inversa entre ingestão de tiamina e riboflavina de alimentos e a incidência de TPM. As mulheres que tiveram um consumo mais elevado de tiamina tiveram 25 % menos risco de desenvolver TPM em relação às mulheres com o menor consumo de tiamina. Da mesma forma, as mulheres com consumo mais elevado de riboflavina tiveram 35 % menos risco de desenvolver TPM em relação às mulheres com baixo consumo de riboflavina. Por outro lado, a ingestão de niacina, vitamina B6, folato e vitamina B12 não foram associados à incidente de TPM.
Este é o primeiro estudo que analisou a relação entre o consumo de vitaminas do complexo B e a incidente de TPM. Curiosamente, o consumo de tiamina e riboflavina indicado para ser a redução do risco de incidente de TPM foi cerca de 2 vezes mais elevado do que a ingestão diária recomendada (IDR) americana para estas duas vitaminas do complexo B. Embora mais estudos sejam necessários, estes dados sugerem que as mulheres podem considerar como estratégia uma alimentação com alto consumo de tiamina e riboflavina para ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da TPM

Fonte:
Chocano-Bedoya PO et al. American Journal of Clinical Nutrition 2011; 93:1080-1086.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A ciência dos antioxidantes: propriedades exclusivas e terapêuticas dos tocotrienóis

O alfa-tocoferol é considerado o antioxidante mais eficaz contra a oxidação lipídica. Em sistemas biológicos, esta ação é corroborado pelo fato de que é o isômero da vitamina E mais abundante nos tecidos e fluidos corporais.
Outros isômeros da vitamina E estão recebendo cada vez mais atenção por suas atividades antioxidantes em sistemas específicos; por exemplo, o gama-tocoferol tem capacidade antioxidante maior que a do alfa-tocoferol em interações com espécies reativas de óxido de nitrogênio. Analogamente, tem sido relatado que o alfa-tocotrienol tem capacidade antioxidante mais intensa que o alfa-tocoferol contra a oxidação lipídica nos microssomas hepáticos, enquanto que o gama-tocotrienol é um antioxidante mais potente nas mitocôndrias cerebrais.
Tocoferóis e tocotrienóis existem nas formas alfa, beta, gama e delta. Ambos os grupos contêm a mesma estrutura anelada e cadeia lateral semelhante conhecida como fitil. Embora estruturalmente semelhantes, a cadeia lateral fitil é mais longa no tocoferol, enquanto que nos tocotrienóis é menor e com três ligações duplas. Essas ligações duplas na cadeia lateral permitem que os tocotrienóis tenham maior mobilidade nas membranas celulares, o que lhes confere propriedades biológicas e terapêuticas únicas além dos benefícios correspondentes ao tocoferóis.
Essa maior atividade antioxidante dos tocotrienóis tem sido atribuída a diversos mecanismos, incluindo interação eficaz com espécies de radicais livres, maior eficiência na reciclagem do radical cromanoxil e distribuição uniforme nas camadas duplas das membranas. Apesar dessas observações e suas implicações clínicas, os tocotrienóis continuam a receber o mesmo status de potencial antioxidante que a vitamina E, sendo significativamente menor que o dos tocoferóis. Existe evidência experimental de que os tocotrienóis podem ser mais eficazes na proteção contra a oxidação do LDL que os tocoferóis. Se o experimento for conduzido com tocotrienóis, o intervalo de tempo de proteção contra oxidação é aumentado, indicando que os tocotrienóis podem ser mais efetivos ao proteger o LDL in vitro que o tocoferol.
Todas as formas do tocoferol como dos tocotrienóis, têm potencial nutracêutico e constituem, portanto, importante foco para pesquisa. O tocoferol e os tocotrienóis possuem propriedades antioxidantes notáveis e podem até mostrar outros efeitos benéficos, sendo investigações sobre o equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes um campo de pesquisa bastante promissor.
A manutenção de tal equilíbrio é interessante para um envelhecimento mais saudável e a uma qualidade de vida melhor. Boas fontes de alfa-tocoferol (vitamina E) incluem óleos vegetais e de palma, óleo de germe de trigo, sementes, nozes e soja. Outras fontes adequadas são vegetais verdes folhosos, couve-de-bruxelas, produtos à base de trigo integral, pães e cereais de grãos integrais, abacate, espinafre e aspargos.

fonte: Fortitech

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Astaxantina: Pigmento que dá a cor rosa-avermelhada aos flamingos pode ser um antioxidante potente como suplemento alimentar

Embora o carotenóide mais conhecido seja o betacaroteno, precursor da vitamina A, outro carotenóide tem recebido recentemente bastante atenção: a astaxantina. Quimicamente classificada como xantofila, que é uma família de carotenóides não precursores da vitamina A, é um nutriente lipossolúvel com estrutura molecular exclusiva que lhe confere excelente capacidade antioxidante. Organismos inferiores sintetizam a astaxantina com número importante de intermediários químicos os quais incluem fitoeno, licopeno, betacaroteno e cantaxantina. Tanto a astaxantina como a cantaxantina são exemplos de substâncias químicas chamadas de cetocarotenóides conjugados e, ambas ainda são classificadas como xantofilas. Enquanto o betacaroteno é um precursor da vitamina A, a astaxantina não pode ser convertida em vitamina A e, portanto, não pode atuar em processos específicos do retinol, como a visão.
A astaxantina é responsável pela cor rosa intensa observada em diversas espécies aquáticas, incluindo os salmonídeos (por exemplo, salmão), e em crustáceos (p.e., caranguejo, lagosta, camarão) e, mesmo em algumas espécies não-aquáticas como o flamingo (cuja alimentação inclui alguns organismos que produzem astaxantina). Os carotenóides encontrados nos fitoplânctons, algas e plantas (incluindo alho, limão, espinafre, pimentas, milho e muitos outros) normalmente participam dos processos de fotossíntese desses organismos ao agir como moléculas secundárias na absorção de luz. Salmonídeos e flamingos não produzem efetivamente astaxantina, mas obtêm-na dos outros animais que consomem. A fonte mais rica dessa substância é, de longe, a alga Haemococcus pluvialis, usada comercialmente como aditivo alimentar para dar cor a salmões e trutas arco-íris, ente outros, cultivados em viveiros. Peixes livres recebem a cor da astaxantina encontrada no krill e em outros crustáceos de que se alimentam. A astaxantina contida em lagostas vivas é complexada com proteínas chamadas carotenoproteínas que efetivamente passam uma cor marrom azulada a esses animais. Porém, quando as carotenoproteínas são desnaturadas em temperaturas elevadas associadas ao cozimento, a astaxantina é liberada, resultando na coloração vermelho-brilhante que associamos a um jantar com lagosta. Ao fornecer a coloração a tais animais marinhos, por conseguinte melhoram seu valor econômico (p.e., poucas pessoas considerariam apetitosa uma lagosta ou filé de salmão sem brilho). Alguns estudos recentes constataram efetivamente que a astaxantina também desempenha papel antioxidante e nutritivo na saúde marinha.
Toxicidade & Precauções
Até o momento, não foi relatado nenhum tipo de toxicidade associada à suplementação com astaxantina em estudos em animais ou seres humanos.
Funções no Corpo Humano: Antioxidante
Uma literatura significativa corrobora o uso da astaxantina como suplemento alimentar, incluindo estudos in vitro, estudos pré-clínicos e diversos estudos clínicos em seres humanos. Os dados sugerem consistentemente que a astaxantina pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva no combate a diversos distúrbios e doenças, entre eles doenças cardiovasculares, de imunidade, inflamação e problemas de degeneração neurológica.
Tem sido reportado em estudos laboratoriais que a astaxantina é, geralmente, pelo menos 10 x mais potente como antioxidante que os outros carotenóides padrão como a cantaxantina, betacaroteno, luteína, licopeno, tunaxantina e zeaxantina.
Quando comparados com a vitamina E em estudos laboratoriais, o potencial antioxidante da astaxantina foi, aproximadamente, de 80 a 550 vezes maior.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Alimentos termogênicos


Alimentos termogênicos são aqueles alimentos que fazem o organismo gastar mais energia para serem processados e digeridos, elevando assim o gasto energético.
Isso acontece porque esses alimentos contêm substâncias que ajudam a acelerar o metabolismo, que é o conjunto de reações químicas que induz o organismo a queimar a quantidade de energia (calorias) necessária para manter-se ativo. Também é responsável por transformar em energia as calorias provenientes da alimentação e da gordura já existente no organismo. E isso pode acontecer tanto no período em que o corpo precisa de mais energia para realizar atividades físicas, como nas horas de descanso, já que mesmo em estado de repouso a ação proporciona uma queima calórica maior, facilitando a redução de peso e de gordura corporal.
Mas para que os alimentos termogênicos ajudem mesmo a emagrecer, é preciso que eles sejam consumidos sempre, pelo menos duas vezes por dia. A opção é ser criativo na hora de incluir estes ingredientes na dieta.
Para garantir uma queima de gordura maior ainda, é só consumir os alimentos termogênicos antes da atividade física. "Além de deixar a pessoa mais ativa, mais animada para exercícios, potencializa a queima de gordura, que já iria acontecer durante a atividade"explica Jaqueline Minatti, nutricionista.
Os mais indicados são: pimenta e pimentões; gengibre; vinagre de maçã; chá-verde; canela; guaraná em pó; linhaça; laranja; kiwi; café preto; chá mate; hortelã; ômega 3 (salmão, sardinha, cavalinha, bacalhau); algas; soja; brócolis; água de coco; mostarda; aspargos; couve; acelga; cominho; cebola; alho; e curry.